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COMO IDENTIFICAR CLÁUSULAS ABUSIVAS EM UM CONTRATO?

Nem todo contrato é justo apenas por estar formalizado. Muitas vezes, o documento contém cláusulas que colocam uma das partes em desvantagem excessiva, contrariando princípios básicos de equilíbrio e boa-fé. Essas disposições são chamadas de cláusulas abusivas e podem aparecer tanto em contratos de consumo quanto em contratos civis e empresariais. Reconhecê-las é essencial para evitar prejuízos e assegurar que o acordo firmado seja realmente válido e equilibrado.

O que caracteriza uma cláusula abusiva

Uma cláusula é considerada abusiva quando impõe obrigações desproporcionais, restringe direitos essenciais ou transfere responsabilidades que não caberiam à parte mais vulnerável da relação. O Código de Defesa do Consumidor (art. 51) considera nulas as cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, contrariem a boa-fé ou dificultem o exercício de direitos. Mesmo fora das relações de consumo, o Código Civil também prevê que contratos devem ser interpretados de forma equilibrada e conforme a função social e a boa-fé objetiva.

Como evitar cláusulas abusivas: sete cuidados fundamentais

  1. Leia o contrato integralmente. Não se limite às primeiras páginas ou às cláusulas mais visíveis. Muitos abusos estão escondidos em parágrafos extensos ou em letras menores, geralmente nas condições gerais.
  2. Desconfie de cláusulas que limitam a responsabilidade da outra parte. É comum encontrar disposições que tentam isentar fornecedores, construtoras ou empresas de qualquer obrigação, mesmo em caso de erro próprio.
  3. Verifique multas desproporcionais. Penalidades muito altas para o consumidor ou parte contratante, e muito baixas para o prestador ou vendedor, indicam desequilíbrio contratual.
  4. Cuidado com cláusulas que dificultam o cancelamento. Exigir prazos exagerados, retenção indevida de valores ou impedir a rescisão em determinadas situações pode ser considerado abuso.
  5. Atente-se a cláusulas que impõem renúncia de direitos. Nenhum contrato pode obrigar alguém a abrir mão de direitos garantidos por lei, como o direito de reclamar, rescindir ou recorrer ao Judiciário.
  6. Analise cláusulas de reajuste. O contrato deve indicar de forma clara qual índice será utilizado, a periodicidade e a forma de cálculo. Reajustes sem critério definido ou aplicados de forma unilateral são indícios de abuso.
  7. Exija clareza nas condições financeiras. Valores, encargos e prazos devem estar expressos de forma objetiva. Termos vagos ou omissões são indícios de risco contratual.

Por que contar com um advogado é essencial?

Embora algumas cláusulas abusivas possam ser percebidas à primeira leitura, outras exigem interpretação técnica. Somente um advogado tem o conhecimento necessário para identificar irregularidades, interpretar a legislação aplicável e propor correções que tragam segurança ao contrato.

Nosso escritório atua na análise detalhada de contratos, identificando cláusulas abusivas e orientando sobre ajustes que asseguram equilíbrio, transparência e validade jurídica. Antes de assinar qualquer contrato, procure orientação profissional e evite problemas que poderiam ser prevenidos com uma simples revisão jurídica.

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