Nem todo processo judicial exige testemunhas para que o juiz tome uma decisão. A necessidade de testemunhas depende do tipo de caso, do que está sendo discutido e das provas já disponíveis. Muitos processos são decididos exclusivamente com base em documentos, contratos, registros eletrônicos, fotos, mensagens, laudos técnicos e outras provas materiais que, sozinhas, já são suficientes para convencer o juiz sobre os fatos.
Testemunhas são especialmente importantes quando a situação envolve fatos que só podem ser confirmados por quem presenciou, vivenciou ou conhece detalhes relevantes do caso. Isso acontece, por exemplo, em processos sobre convivência familiar, acordos verbais, assédio moral, conflitos em condomínio, acidentes sem registro oficial, entre outros. Nesses cenários, as testemunhas podem reforçar a versão de uma das partes e suprir a ausência de provas documentais.
Por outro lado, quando há documentos claros e indiscutíveis — como contratos assinados, boletins de ocorrência, mensagens trocadas, extratos bancários, recibos, laudos periciais —, o depoimento de testemunhas pode ser dispensável. O juiz pode decidir apenas com base nessas evidências, desde que estejam completas e sejam confiáveis.
É importante saber que o simples fato de apresentar testemunhas não garante a vitória no processo. O juiz irá avaliar se os depoimentos são coerentes, imparciais e realmente esclarecem pontos relevantes do caso.
Antes de propor a ação, é fundamental conversar com o advogado sobre a estratégia probatória: avaliar se é necessário indicar testemunhas, quem pode ser chamado e se existe outro meio de prova mais sólido. Em alguns casos, apresentar poucas testemunhas bem escolhidas é mais eficaz do que levar muitos depoentes pouco relevantes.
