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Se você for cobrado indevidamente, a empresa é obrigada a devolver o dobro

Em diversas situações do cotidiano, consumidores se deparam com cobranças que não reconhecem: valores debitados sem autorização, taxas por serviços não contratados ou encargos excessivos. Nesses casos, é fundamental conhecer os direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O Que Diz a Lei?

O artigo 42, parágrafo único, do CDC estabelece que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, ou seja, à devolução do valor pago em excesso, em dobro, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

Quando Cabe a Devolução em Dobro?

Para que o consumidor tenha direito à devolução em dobro, é necessário que tenha ocorrido pagamento indevido e a cobrança seja indevida.

Importante destacar que, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não é necessária a comprovação de má-fé por parte do fornecedor para que o consumidor tenha direito à devolução em dobro. Basta que a cobrança indevida tenha ocorrido e que não haja justificativa plausível para o erro. 

Exemplos de Cobranças Indevidas

  • Taxas por serviços não contratados: como seguros, assistências ou pacotes adicionais em contas bancárias ou de telefonia.
  • Cobranças duplicadas: quando o mesmo valor é debitado mais de uma vez.
  • Descontos não autorizados: valores debitados sem o consentimento do consumidor.

Como Proceder?

Ao identificar uma cobrança indevida:

  1. Reúna documentos: guarde comprovantes, faturas e extratos que evidenciem a cobrança indevida.
  2. Entre em contato com a empresa: solicite a devolução do valor pago indevidamente.
  3. Registre uma reclamação: se não obtiver resposta, registre uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
  4. Busque orientação jurídica: um profissional especializado pode auxiliá-lo a garantir seus direitos e, se necessário, ingressar com ação judicial para exigir a devolução em dobro.

Conhecer seus direitos é o primeiro passo para evitar prejuízos e garantir que práticas abusivas não passem impunes.

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