1. Avaliação do Caso
Procure sempre o aconselhamento de um advogado qualificado, de preferência especializado na área relacionada ao seu problema (família, consumidor, trabalhista, previdenciário, etc.). O profissional fará uma análise detalhada da situação, explicará se há realmente fundamento para ingressar com a ação, os documentos necessários e os caminhos possíveis, inclusive se há chance de acordo sem precisar do processo.
2. Custos Envolvidos
Processos judiciais envolvem despesas: custas processuais (taxas cobradas pelo tribunal), honorários advocatícios, eventuais custos com perícias e produção de provas, além de possíveis despesas com obtenção de documentos. É importante conversar com seu advogado sobre todos esses valores, inclusive a possibilidade de justiça gratuita (isenção de custos para quem comprova insuficiência financeira).
3. Tempo e Paciência
Processos judiciais podem ser longos, muitas vezes durando meses ou anos, dependendo da complexidade, da matéria envolvida, do volume de processos do tribunal e da postura das partes. Não existe garantia de solução rápida, e nenhum advogado sério pode prometer prazo certo para o término de um processo.
4. Riscos e Consequências
Entrar com uma ação judicial não garante vitória. Se perder, você pode ser condenado a pagar custas, honorários de sucumbência (ao advogado da outra parte) e outras despesas. Além disso, o processo pode expor questões pessoais e demandar sua participação em audiências, apresentação de documentos, perícias e outros atos. É preciso estar ciente de que processos podem trazer desgastes emocionais e, às vezes, exigem negociações e concessões ao longo do caminho.
5. Documentação e Provas
Ter documentos e provas é essencial. Antes de ingressar com a ação, organize contratos, recibos, mensagens, fotos ou qualquer outro documento relacionado ao caso. O advogado irá orientar sobre o que é indispensável e sobre a necessidade de testemunhas ou outras provas.
6. Alternativas ao Processo
Nem todo conflito precisa ir ao Judiciário. Muitas vezes, uma negociação direta, um acordo extrajudicial, a mediação ou a conciliação podem resolver o problema de forma mais rápida, menos desgastante e até menos custosa. Avalie, com seu advogado, se não há espaço para um acordo antes de recorrer à justiça.
7. Acompanhamento e Comunicação
Mantenha sempre uma comunicação transparente com o advogado. Pergunte sobre o andamento do processo, esclareça dúvidas e informe mudanças de endereço, telefone ou outras informações relevantes. O acompanhamento próximo é fundamental para garantir que nada seja perdido no caminho.
8. Comprometimento
Processo não é tarefa só do advogado. É importante o cliente estar envolvido, disponível para fornecer informações, comparecer a audiências, reunir documentos e participar das etapas quando necessário.
Em resumo, entrar com um processo judicial é uma decisão importante, que exige reflexão, análise técnica e compromisso. Não se trata apenas de “ganhar ou perder”, mas de buscar uma solução para o seu problema com responsabilidade e maturidade. O papel do advogado é, justamente, ajudar você a tomar a melhor decisão, informar sobre os caminhos e riscos, e conduzir o caso da forma mais ética e transparente possível.